Mania entre os jovens, o ‘sexting’, ou envio de imagens íntimas pela rede, pode ganhar divulgação fora de controle.
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Perigo de enviar fotos pelo celular |
Origem de crimes que vão de constrangimento a prostituição e pedofilia, a fotografia íntima nem sempre fica restrita ao destinatário original — 44% dos adolescentes americanos, onde a moda começou, admitem que é comum compartilhar mensagens sexuais de texto ou foto com outros além do destinatário.
Longe da vigilância dos pais, o ‘sexting’ está nas escolas, nas LAN houses e até em casa. Pesquisas apontam que as famílias não impõem limite ao uso da Internet pelos filhos e pouco sabem da vida virtual da prole: 36% dizem que os filhos não têm amigo virtual, mas 79% dos jovens revelam que têm ao menos um. Alunas do 1º ano do Ensino Médio na rede estadual do Rio, B., T. e I., todas de 16 anos, aderiram à mania do ‘sexting’. Postaram fotos sensuais e seminuas por celular e no Orkut, e os pais nem sonham com as iniciativas. “Meu pai confia muito em mim. Se ele soubesse...”, imagina B.
No ano passado, os pais da americana Jessica Logane, 18 anos, conheceram de forma trágica os efeitos nocivos dessa ‘moda’. Depois de se fotografar nua e presentear o namorado com a foto pelo celular, a menina passou a ser chamada de ‘vagabunda’ na escola quando o relacionamento acabou e o garoto espalhou as imagens. Ela se enforcou, e os pais lutam hoje por leis que punam o ‘sexting’.
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Exposição indevida do corpo. |
No Rio, dois adolescentes acusados de produzir e exibir na Internet imagens de uma menor tendo relações sexuais com um deles, em 2005, chegaram a ficar internados no Instituto Padre Severino, para infratores. Para preservar a menina, a família mudou de estado.
Segundo Rodrigo Nejm, entre os motivos do ‘sexting’, está a competitividade natural da adolescência potencializada pelo momento em que os limites entre público e privado não estão claros. “A intenção do jovem é se destacar na multidão. Ele quer mostrar que é melhor, mais bonito, que não é um qualquer”.
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PROIBIR NÃO EDUCA
As tecnologias mais avançadas para proteger crianças e adolescentes em qualquer espaço continuam sendo diálogo e orientação. Espionar tudo o que fazem não são boas saídas, pois ferem a privacidade e fragilizam a confiança.
APRENDA COM SEUS FILHOS
Se não sabe usar a Internet, aprenda com seus filhos. Você entenderá o que fazem, com quem conversam e o que divulgam e terá oportunidade de ensiná-los a tomar cuidado.
NOVAS DICAS
No lugar das velhas dicas para não receber doce nem carona de estranhos, os pais devem alertar os filhos para não divulgarem dados pessoais, não aceitarem convites de amigos virtuais nem receberem arquivos de estranhos.
FILTROS
Programas de filtro de conteúdo ajudam, mas o diálogo é responsabilidade dos pais. Os programas podem funcionar bem em casa, mas e na LAN house ou na casa do colega?
DESCONFIAR
Ensine que não podemos acreditar em tudo, nem em todos. Como em todos lugares, há pessoas mal-intencionadas e mentirosas.
Fonte (adaptado):
http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2009/9/troca_de_fotos_na_internet_poe_adolescentes_em_risco_36091.html
Autor:Daniela Dariano - Rio de Janeiro | www.odia.terra.com.br
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